O serviço público de educação é um pilar essencial e imprescindível de uma democracia que, por definição, garanta a igualdade de oportunidades e o desenvolvimento integral de uma sociedade moderna.

«A coragem de escolher» de Fernando Savater

Disponível para consulta na BECRE

«O que é que define o ser humano? Não os instintos ou a nossa dotação genética, tão semelhante ao dos outros animais, mas a nossa capacidade de decidir e inventar acções que transformam a realidade (...) e a nós mesmos. Essa disposição, chamada "liberdade", é a nossa condenação e também o fundamento do que consideramos e nossa dignidade racional [...]»

Fonte:
contracapa


José Fernando Vasco

«Dicionário de Mensagem» de Artur Veríssimo

Disponível para consulta na BECRE

As figuras históricas,
os mitos
os símbolos e
os conceitos

por um dos mais reputados especialistas pessoanos.



Segundo António Machado Pires, um «importante dicionário, que lhe permite interrogar o poema (e o leitor) sobre as figuras históricas, os mitos, os símbolos e os conceitos.» (da contracapa).

José Fernando Vasco

«Uma perspetiva sobre a dança» com Cláudia Dias

A Escola Secundária Cacilhas Tejo vai celebrar o Dia Internacional da Dança no dia 3 de Maio com a a bailarina e coreógrafa Cláudia Dias. Neste encontro a coreógrafa irá falar sobre o seu percurso profissional, sobre as peças que cria, sobre a técnica que utiliza e partilhar o seu olhar sobre a Dança nos dias de hoje. Irá ainda convidar os participantes a realizar um pequeno exercício.

Destinatários: 
- alunos e docentes da Escola Secundária Cacilhas-Tejo.

Professor Responsável: 
- Rui Paiva




Cláudia Dias

Nasceu em Lisboa, em 1972. Iniciou a sua formação em dança na Academia Almadense. Continuou os seus estudos como bolseira na Companhia de Dança de Lisboa. Frequentou o Curso de Formação de Intérpretes de Dança Contemporânea, promovido pelo Fórum Dança e o Curso de Formação Profissional em Gestão de Organizações e Projetos Culturais, promovido pela Cultideias. Atualmente, frequenta o Mestrado em Artes Cénicas, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa.
Iniciou o seu trabalho como intérprete no Grupo de Dança de Almada. Integrou o coletivo Ninho de Víboras. Colaborou com a Re.Al tendo sido uma intérprete central na estratégia de criação de João Fiadeiro e no desenvolvimento, sistematização e transmissão da Técnica de Composição em Tempo Real.
Desenvolveu um projeto pedagógico na área da composição coreográfica, em parceria com Márcia Lança, que deu origem à peça Vende-se país solarengo com vista para o mar. Foi intérprete na peça Morro como País, encenada por John Romão.
Criou as peças One Woman Show, Visita Guiada, Das coisas nascem coisas, Vontade de ter vontade e a performance/instalação 23+1.
O seu trabalho como coreógrafa, performer e professora tem sido acolhido por várias estruturas, teatros e festivais nacionais e internacionais.

Rui Paiva

«48» de Susana Sousa Dias

Disponível para consulta na BECRE


Fonte:
Dossiê de Imprensa de "48"

José Fernando Vasco
Pedro Maia

Canções de Abril XXVIII - Petrus Castrus. Mestre

(1973)

Mestre

Letra e música:
Petrus Castrus

   

Nada de novo debaixo do Sol
Nada de justo debaixo dos Céus
Apensas teus servos suados
Arando lentamente
Na tarde quente

Mestre
Dos que partiram nem a sombra voltou
Os que ficaram já a guerra levou
Só restam os servos suados
Cavando lentamente
Na tarde quente

Mestre
Os que se ergueram já a vida curvou
Os que gritavam já a morte calou
Que fazer dos servos suados
Chorando lentamente
Na tarde quente

Mestre
Se o sofrimento já não serve o Vigário
Porque esperamos p'ra mudar o cenário
Misericórdia para os servos suados
Morrendo lentamente



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Canções de Abril VIII - José Mário Branco. Mudam-se os tempos
Canções de Abril IX - José Afonso. Cantar alentejano
Canções de Abril X - Quarteto 1111. Cantamos pessoas vivas
Canções de Abril XI - José Afonso. Coro da Primavera
Canções de Abril XII - Fernando Tordo. Tourada
Canções de Abril XIII - Paulo de Carvalho. E depois do adeus
Canções de Abril XIV - José Afonso. Grândola Vila Morena
Canções de Abril XV - Madredeus. As Brumas do Futuro
Canções de Abril XVI - GAC. A cantiga é uma arma
Canções de Abril XVII - Sérgio Godinho. Liberdade
Canções de Abril XVIII - Chico Buarque. Tanto mar
Canções de Abril XIX - José Mario Branco. Eu vim de longe
Canções de Abril XX - Chico Buarque, Ruy Guerra. «Fado Tropical»
Canções de Abril XXI - José Mário Branco. Queixa das almas jovens censuradas
Canções de Abril XXII - Francisco Fanhais. Cantata da Paz
Canções de Abril XXIII - Sérgio Godinho. Bico calado
Canções de Abril XXIV - Carlos Mendes. E alegre se fez triste
Canções de Abril XXV - José Afonso. Canto Moço
Canções de Abril XXVI - Fausto. Uns vão bem e outros mal

Vídeo-Poema IV - «Quando vier a Primavera» de Alberto Caeiro

«Quando vier a Primavera»
de Alberto Caeiro

Declamado por
Pedro Lamares

Uma sugestão do nosso leitor
Mário Neves



Quando vier a Primavera,
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada.
A realidade não precisa de mim.

Sinto uma alegria enorme
Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma

Se soubesse que amanhã morria
E a Primavera era depois de amanhã,
Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.
Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir se não no seu tempo?
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;
E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.
Por isso, se morrer agora, morro contente,
Porque tudo é real e tudo está certo.

Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.
Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.
O que for, quando for, é que será o que é.


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José Fernando Vasco

Ideias com matemática IV - Problema das Oito Rainhas


O Problema das Oito Rainhas foi proposto em 1848 pelo jogador de xadrez Max Bezzel (1824-1871) e a primeira solução encontrada por Franz Nauck (1815-1902) em 1850. 
Neste problema matemático, pretende-se distribuir oito rainhas pelas casas de um tabuleiro de xadrez (8x8) sem que nenhuma delas seja atacada por outra (é, por isso, necessário que quaisquer duas rainhas não estejam numa mesma linha, coluna, ou diagonal).    
O presente problema é um caso específico  do Problema das n Damas, no qual temos n damas e um tabuleiro com n×n casas (para qualquer n ≥ 4).



O número de possíveis posições para colocar as rainhas sobre o tabuleiro de xadrez reduz-se a cada passo. Existem 92 soluções para um tabuleiro 8x8.

Rosa Espada

Canções de Abril XXVII - José Mário Branco. Sopram ventos adversos

(1982)

Letra: Manuela de Freitas
Música: José Mário Branco/Herbie Hancock


Sopram ventos adversos
Junto à praia que se quis
E há sentimentos dispersos
Que são barcos submersos

No mar do que não se diz
Nos mastros que vão quebrar
Solta velas de cambraia
E é cada remo a tentar

Menos um barco no mar
Mas um cadáver na praia
O dia nunca alcançado morre em todas as marés
E é sempre dia acabado
Junto ao sargaço espalhado de tudo o que se não fez

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José Fernando Vasco

Dias da música em Belém: 27,28 e 29 de abril

Começou hoje no CCB (Centro Cultural de Belém) os Dias da Música em Belém com o tema "A Voz Humana | O Canto Através dos Tempos". Este ano esta iniciativa contará com a participação de cerca de mil músicos nacionais e estrangeiros, em 60 concertos que ocorrerão em sete salas.
Ver programa aqui.
Fonte: CCB
Sónia Lapa

Coimbra, cidade dos doutores e do bosão E(38)

Universidade de Coimbra
Há poucas semanas, o físico teórico Eef van Beveren, da Universidade de Coimbra (UC, Portugal), identificou o bosão mais leve de sempre, uma partícula subatómica que resulta das interações nucleares. A descoberta vem confirmar a previsão que este físico de partículas havia feito em 1984 sobre a suspeita da existência do bosão E(38).
Utilizando os resultados de experiências realizadas nos aceleradores de partículas de Bona (Alemanha) e do CERN (Centro Europeu de Pesquisa Nuclear), na Suíça, Eef van Beveren conseguiu registar o aparecimento do E(38) através de um modelo desenvolvido em conjunto com o cientista George Rupp, do Instituto Superior Técnico (Lisboa).
Esta nova partícula, que tem sido comparada a uma «bolha de sabão», é 25 vezes mais leve do que um protão. Serão necessários ainda muitos estudos para avaliar as suas propriedades e o seu armazenamento. Por agora, podemos apenas dizer que algo mais foi acrescentado ao conteúdo científico da física hadrónica (física das partículas que estuda as interações fortes), da física das altas energias e da cosmologia.
No futuro, o E(38) talvez possa ser utilizado como uma fonte de energia nuclear mais limpa, dado que não deixa resíduos no meio ambiente.





Coimbra

Composição: José Maria Galhardo e Raul Ferrão
Intérprete: Amália Rodrigues


Coimbra é uma lição
De sonho e tradição
O lente é uma canção
E a Lua a faculdade

O livro é uma mulher
Só passa quem souber
E aprende-se a dizer saudade

Coimbra do choupal
Ainda és capital
Do amor em Portugal
Ainda

Coimbra onde uma vez
Com lágrimas se fez
A história dessa Inês tão linda

Coimbra das canções
Tão meiga que nos pões
Os nossos corações a nu

Coimbra dos doutores
Pra nós os teus cantores
A Fonte dos Amores és tu

Coimbra é uma lição
De sonho e tradição
O lente é uma canção
E a Lua a faculdade

O livro é uma mulher
Só passa quem souber
E aprende-se a dizer saudade

O livro é uma mulher
Só passa quem souber
E aprende-se a dizer saudade


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Rosa Espada

Canções de Abril XXVI - Fausto. Uns vão bem e outros mal

 (1978)


Senhoras e meus senhores, 
façam roda por favor
Senhoras e meus senhores, 

façam roda por favor, 
cada um com o seu par
Aqui não há desamores,

 se é tudo trabalhador 
o baile vai começar

Senhoras e meus senhores,

 batam certos os pézinhos,
como bate este tambor
Não queremos cá opressores, 

se estivermos bem juntinhos, 
vai-se embora o mandador
Vai-se embora o mandador


Faz lá como tu quiseres, 

faz lá como tu quiseres, 
faz lá como tu quiseres
Folha seca cai ao chão, 

folha seca cai ao chão
Eu não quero o que tu queres, 

eu não quero o que tu queres, 
eu não quero o que tu queres,
Que eu sou doutra condição, 

que eu sou doutra condição

De velhas casas vazias,

 palácios abandonados, 
os pobres fizeram lares
Mas agora todos os dias, 

os polícias bem armados 
desocupam os andares

Para que servem essas casas,

 a não ser para o senhorio viver da especulação
Quem governa faz tábua rasa,

 mas lamenta com fastio 
a crise da habitação
E assim se faz Portugal, 

uns vão bem e outros mal

Faz lá como tu quiseres, 

faz lá como tu quiseres, 
faz lá como tu quiseres
Folha seca cai ao chão, 

folha seca cai ao chão
Eu não quero o que tu queres, 

eu não quero o que tu queres, 
eu não quero o que tu queres,
Que eu sou doutra condição, 

que eu sou doutra condição


Tanta gente sem trabalho, 

não tem pão 
nem tem sardinha
 e nem tem onde morar
Do frio faz agasalho, 

que a gente está tão magrinha 
da fome que anda a rapar
 

O governo dá solução, 
manda os pobres emigrar, 
e os emigrantes que regressaram
Mas com tanto desemprego, 

os ricos podem voltar porque nunca trabalharam
E assim se faz Portugal, 
uns vão bem e outros mal


Faz lá como tu quiseres, 
faz lá como tu quiseres, 
faz lá como tu quiseres
Folha seca cai ao chão, 

folha seca cai ao chão
Eu não quero o que tu queres, 

eu não quero o que tu queres, 
eu não quero o que tu queres,
Que eu sou doutra condição, 

que eu sou doutra condição

E como pode outro alguém, 

tendo interesses tão diferentes, 
governar trabalhadores
Se aquele que vive bem, 

vivendo dos seus serventes, 
tem diferentes valores

Não nos venham com cantigas, 

não cantamos para esquecer, 
nós cantamos para lembrar
Que só muda esta vida, 

quando tiver o poder
 o que vive a trabalhar
Segura bem o teu par, 

que o baile vai terminar.

Faz lá como tu quiseres, 

faz lá como tu quiseres, 
faz lá como tu quiseres
Folha seca cai ao chão, 

folha seca cai ao chão
Eu não quero o que tu queres, 

eu não quero o que tu queres, 
eu não quero o que tu queres,
Que eu sou doutra condição, 

que eu sou doutra condição


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José Fernando Vasco

World Press Photo 2012

O Museu da Eletricidade recebe, entre 27 de abril e 20 de maio, mais uma exposição World Press Photo 2012. A edição deste ano reúne mais de 160 fotografias premiadas no âmbito de um concurso ao qual 5.247 fotógrafos de 124 países se candidataram com mais de 101 mil imagens. O grande vencedor desta 55ª edição foi o fotógrafo espanhol Samuel Aranda, com um retrato de uma mulher, coberta por véu integral, que abraça o seu filho Zayed, de 18 anos, vítima dos efeitos de gases lacrimogéneos depois de participar numa manifestação de rua, no Iémen, a 15 de outubro de 2011.
A apresentação em Portugal da exposição World Press Photo 2012 resulta de uma parceria entre a Fundação EDP e a revista Visão.
Fonte: RTPNotícias
Sónia Lapa

«A Guerra Colonial» segundo a perspetiva de Fernando Martins (Univ. Évora)


Integrada nas comemorações do 38º aniversário do 25 de Abril de 1974 - uma organização da ESCT/BECRE/O FAROL/F4/ARPIFC/JFCACILHAS  Fernando Martins, professor da Universidade de Évora,  proferiu no passado dia 24 de abril uma palestra sobre a temática da Guerra Colonial.

Analisando o papel das forças armadas e dos conflitos militares em que Portugal se viu envolvido nos últimos séculos; contextualizou a guerra colonial na conjuntura política internacional da época (Guerra Fria) e abordou as diferenças que se verificaram nos diversos territórios ultramarinos (especialmente Angola, Moçambique e Guiné).
Problematizou as relações entre o(s) conflito(s) e as crescentes dificuldades do Estado Novo e o descontentamento face à situação nos inícios da década de 1970, o que, na sua opinião, esteve na base do golpe de Estado acontecido a 25 de abril.

Na sequência das intervenções da plateia, esclareceu que os acordos do Alvor fracassaram porque, em boa verdade, nenhum dos três movimentos de libertação angolanos estava verdadeiramente interessado na paz e na reconciliação nacionais, lançando Angola para mais duas décadas de guerra civil.


Divulgam-se os dados estatísticos relativos à atividade «Guerra Colonial»,
integrada no Ciclo Conferências e nas
Comemorações ESCT do 38º aniversário do 25 de Abril.


José Fernando Vasco
Nuno Pousinho

Coro Lopes Graça hoje na ESCT






José Fernando Vasco

A poesia [deveria ainda] esta[r] na rua

Fonte: Fundação Arpad Szenes/Vieira da Silva
A poesia está na rua I
Vieira da Silva, 1975
têmpera sobre papel
104 x 79,5 cm

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Canções de Abril XXV - José Afonso. Canto Moço

(1970)

Compositor:
José Afonso


Somos filhos da madrugada
Pelas praias do mar nos vamos
À procura de quem nos traga
Verde oliva de flor no ramo
Navegamos de vaga em vaga
Não soubemos de dor nem mágoa
Pelas praias do mar nos vamos
À procura de manhã clara

Lá do cimo de uma montanha
Acendemos uma fogueira
Para não se apagar a chama
Que dá vida na noite inteira
Mensageira pomba chamada
Companheira da madrugada
Quando a noite vier que venha
Lá do cimo de uma montanha

Onde o vento cortou amarras
Largaremos p'la noite fora
Onde há sempre uma boa estrela
Noite e dia ao romper da aurora
Vira a proa minha galera
Que a vitória já não espera
Fresca, brisa, moira encantada
Vira a proa da minha barca.

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José Fernando Vasco

Manuel Pedro: o testemunho de um ex-prisioneiro político




Manuel Pedro, membro da URAP (União dos resistentes antifascistas portugueses), esteve ontem presente no Auditório da ES Cacilhas-Tejo onde deixou o seu testemunho de vida, enquanto membro na clandestinidade do PCP e ex-prisioneiro político do Estado Novo.
A difícil vida de resistente, durante décadas, ao regime de Salazar; a perseguição política exercida pela PIDE - bem como as suas práticas de tortura; a censura e a miséria generalizada que Portugal conheceu, foram alguns dos assuntos abordados por Manuel Pedro que, gentilmente, ofereceu à Escola - para depósito na sua biblioteca escolar - um exemplar de cada um dos dois livros que publicou e que constituem, sob a forma de narrativa, o seu testemunho de vida e de percurso político.
Ao autor, a BECRE agradece a sua gentileza e amabilidade, sendo certo que a sua oferta enriquecerá o fundo documental e proporcionará a alunos e professores o contacto com um exemplo vivo dentro de muitos dos que, sacrificando a sua vida, nos proporcionaram hoje vivermos em liberdade.


Disponíveis para consulta na BECRE
a partir de 24.04.2012



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José Fernando Vasco

82ª Feira do Livro de Lisboa 2012


A 82.ª edição da Feira do Livro de Lisboa,
organizada pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL),
terá lugar entre 24 de Abril e 13 de Maio de 2012, no Parque Eduardo VII em Lisboa.
A entrada é gratuita. A inauguração da Feira ocorrerá hoje pelas 17:00 horas.

Horário:
 2.ª a 5ª feira - 12h30 23h00
6.ª feira - 12h30 24h00
sábado  - 11h00 24h00
domingos e feriados - 11h00 23h00

José Fernando Vasco

As exposições do «38º aniversário do 25 de Abril» na ESCT


Hoje de manhã, na ES Cacilhas-Tejo, iniciaram-se as comemorações do 38º aniversário do 25 de Abril com a abertura das duas exposições que estarão patentes na BECRE (exposição bibliográfica «O Século XX português») e na Manga A-B (exposição «25 de Abril»).


A exposição bibliográfica consiste numa seleção de recursos (livros, DVD e periódicos) do fundo documental da biblioteca escolar, relativos ao século XX português e das seguintes classes:

1 - Filosofia
5 - Ciências Naturais
7 - Artes
8 - Literatura portuguesa
9 - Geografia
9 - História de Portugal

Caso queira consultar o catálogo antes de visitar a exposição, clique aqui.




......................................................................

A exposição «25 de Abril», com origem na Associação 25 de Abril,
é composta por 18 placards alusivos ao
acontecimento fundador da nossa II República.




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José Fernando Vasco

Dia Mundial do Livro 2012

Fonte: Direção Geral do Livro e das Bibliotecas.

Hiperligação:
José Fernando Vasco

Canções de Abril XXIV - Carlos Mendes. E alegre se fez triste

Carlos Mendes
(1974)

Poema:
Manuel Alegre

Compositor:
José Niza


Aquela clara madrugada que
viu lágrimas correrem no teu rosto
e alegre se fez triste como
chuva que viesse em pleno Agosto.

Ela só viu meus dedos nos teus dedos
meu nome no teu nome. E demorados
viu nossos olhos juntos nos segredos
que em silêncio dissemos separados.

A clara madrugada em que parti.
Só ela viu teu rosto olhando a estrada
por onde um automóvel se afastava.

E viu que a pátria estava toda em ti.
E ouviu dizer adeus: essa palavra
que fez tão triste a clara madrugada.


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Canções de Abril XXIII - Sérgio Godinho. Bico calado

José Fernando Vasco

Dia da Terra 2012

Este é o único planeta que temos!
Cuidemos dele para nele podermos viver !




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Vídeo-Poema III - «Da mais alta janela da minha casa» de Alberto Caeiro





«Da mais alta janela da minha casa»
de Alberto Caeiro

Declamado por Sinde Filipe
Música de Laurent Filipe
 

Da mais alta janela da minha casa
Com um lenço branco digo adeus
Aos meus versos que partem para a Humanidade.
E não estou alegre nem triste.
Esse é o destino dos versos.
Escrevi-os e devo mostrá-los a todos
Porque não posso fazer o contrário
Como a flor não pode esconder a cor,
Nem o rio esconder que corre,
Nem a árvore esconder que dá fruto.
Ei-los que vão já longe como que na diligência
E eu nem sequer sinto pena
Como uma dor no corpo.
Quem sabe quem os lerá?
Quem sabe a que mãos irão?
Flor, colheu-me o meu destino para os olhos.
Árvore, arrancaram-me os frutos para as bocas.
Rio, o destino da minha água era não ficar em mim.
Submeto-me e sinto-me quase alegre,
Quase alegre como quem se cansa de estar triste.
Ide, ide de mim!
Passa a árvore e fica dispersa pela Natureza.
Murcha a flor e o seu pó dura sempre.
Corre o rio e entra no mar e a sua água é sempre a que foi sua.
Passo e fico, como o Universo.

Alberto Caeiro
[heterónimo de Fernando Pessoa]
in "O Guardador de Rebanhos - Poema XLVIII"


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José Fernando Vasco

Mobilidades e Interculturalidades no Feminino - Mulheres e Artes


Mulheres e Artes é o tema da 3ª sessão do ciclo de debates «Women on the Move: Mobilidades e Interculturalidades no Feminino», promovido pelo Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais (CEMRI) da Universidade Aberta (UAb).

Realiza-se, no dia 26 de abril de 2012, pelas 17 horas, na Livraria Ler Devagar, em Lisboa, com a moderação da Profª. Doutora Anabela Galhardo (CEMRI – UAb) e com a participação da atriz e encenadora Natália Luiza, a par da cineasta Fátima Ribeiro.

(A Livraria Ler Devagar situa-se nas instalações da Factory LX, na Rua Rodrigues de Faria, ao Calvário).

Atendendo às dinâmicas do mundo de hoje, este tipo de eventos têm seguramente uma importância de relevo para a compreensão das relações socioculturais que se desenvolvem nas comunidades multiculturais, quer a nível mais abrangente a nível nacional e regional, mas também num microcosmos como a nossa escola. As artes, nomeadamente o teatro e o cinema, podem constituir pontes de contacto entre diferentes culturas, salvaguardando e potenciando a divulgação das suas diversidades e igualmente promovendo o diálogo entre os diferentes intervenientes e a sua integração nas novas áreas de confluência e de acolhimento.

Fonte:
Universidade Aberta

Conceição Toscano

Canções de Abril XXIII - Sérgio Godinho. Bico calado

(1976)


Compositor:
Sérgio Godinho


Se eu fosse mal educado
dizia que é muito feio
construir o socialismo
com fascistas de permeio

Mas como não sou, eu fico
cego, surdo, mudo e quedo
a repetir uma história
sem lhe saber o enredo

Por falar em socialismo
lá porque alguém o apregoa
não quer dizer que não esteja
a dizer coisas à toa

E lá porque alguém nos fala
também em revolução
não quer dizer que não esteja
a vender lobo por cão

Eh lá bico calado
muita coisa por dizer
eh lá bico calado
muita luta para vencer

Tenho bichos carpiteiros
não consigo ficar quieto
meto-me no que não devo
no que devo não me meto

Não consigo ficar quieto
devo estar mas é doente
quanto mais ando para trás
mais quero andar para a frente

E quando olho para a frente
vejo um oftalmologista
que me atira areia aos olhos
e que tem poeira na vista

É que ao olhar para isto tudo
há dois olhares bem distintos
o dos que vivem à larga
e o dos que apertam os cintos

Chamo as coisas pelo nome
pão é pãp queijo é queijo
fome é fome povo é povo
saúde é o que eu vos desejo

E se comeste hoje a carne
amanhã rois o osso
e se comeste ontem a ameixa
hoje chupas o caroço

E por falar em comida
voltemos à vaca fria
será que a boca do lobo
já não morde como mordia?

Ou será que já voltamos
à pureza inicial
em que o lobo ainda era
um encanto de animal?

Eh lá bico calado...


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José Fernando Vasco
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